As 31 medidas que compõem o BioCMPC trarão grandes contribuições em sustentabilidade, não somente para a unidade de Guaíba, mas para o setor de celulose, uma vez que a planta se tornará referência em diversos temas relacionados a meio ambiente. Entre os resultados relativos à redução de gases de efeito estufa, a estimativa é que o projeto permita uma redução de 60% dos níveis de emissão de CO² na planta industrial.
Uma das ações do BioCMPC focadas em geração de energia limpa e redução de GEE é a revisão e repotencialização do sistema de coleta de gases, tornando-o ainda mais eficaz. Com isso, a planta da CMPC no Brasil terá o melhor sistema de tratamento de gases do setor no país e um dos melhores do mundo.
Outra medida que contribuirá com os indicadores de meio ambiente é o desligamento da caldeira de força auxiliar à carvão, que também posicionará a unidade nos menores níveis de emissões atmosféricas das indústrias do setor no Brasil. Esse equipamento funciona de forma complementar, geralmente após paradas gerais de manutenção para reativar as linhas de produção. “Com a eliminação dessa fonte de energia não renovável (carvão), vamos instalar uma nova caldeira de recuperação para produção de energia 100% limpa, contribuindo ainda mais para redução de emissão de gás de efeito estufa pela companhia e para a desaceleração dos impactos das mudanças climáticas”, afirma o diretor-geral da CMPC no Brasil Mauricio Harger.
Logística hidroviária – A CMPC historicamente utiliza a hidrovia da Lagoa dos Patos para o transporte de cargas. Com um porto próprio em sua planta industrial, a empresa carrega celulose da região metropolitana de Porto Alegre até o Porto de Rio Grande. A mesma barcaça se desloca para Pelotas, recebe madeira de eucalipto, que é plantada e colhida na região sul do estado, e retorna até a unidade produtiva. Essa logística por hidrovia evita que ocorram 100 mil viagens de caminhão por ano, eliminando a emissão de 56 mil toneladas de CO2 na atmosfera e minimizando o risco de acidentes rodoviários.
Em 2020 a organização foi responsável por 30% da movimentação total por hidrovias no Rio Grande do Sul, transportando 1,7 milhão de tonelada de celulose e 900 mil toneladas de madeira.
Captura de carbono – No Brasil, a CMPC preserva 192 mil hectares no Rio Grande do Sul. Somente de áreas degradadas para os biomas Pampa e Mata Atlântica, foram recuperados mais de 38 mil hectares nos últimos três anos.
Em âmbito global, a base florestal da CMPC conta com uma área de 467 mil hectares, que neutraliza cerca de 6,8 milhões de toneladas de CO2 todos os anos. A meta é recuperar florestas e paisagens nativas até 2030, por meio da restauração e conservação de novos 100 mil hectares, objetivo que já foi atingido em 64%.
Metas globais – Desde 2019, o grupo CMPC assumiu metas de sustentabilidade em nível global. Esse compromisso público estabelece que a empresa deve, entre outras metas, reduzir, até 2030, 50% das emissões de gases causadores de efeito estufa.